Aceitos, e agora?

Resultado de imagem para aceitaçãoEm meio a tantas opiniões, uma expressão muito repetida é aceitação. Em quase todos os discursos que tratam sobre confronto de ideologias, essa palavra é usada como princípio universal para a solução dos problemas. E quando se trata de cristianismo, é, em geral, o argumento mais usado por todos, cristãos e não cristãos, para, segundo eles, mostrar que aceitação é a verdadeira prática do amor. Porém, há outros que entendem que a aceitação generalizada, significa uma harmonização com as práticas divergentes. É nesse contexto, que eu gostaria de convidá-los a refletir um pouco sobre a ideia de aceitação sob o ponto de vista do cristianismo.

Para orientar nossos pensamentos, gostaria de começar com uma primeira pergunta: Quem é aceito por Deus? Todos! A Bíblia é bem clara ao declarar em Jo 3:16 que sobre todo o mundo foi derramado o amor de Deus. Sendo assim, todos já foram aceitos por Deus. Essa declaração fica mais clara ao observarmos os atos de Jesus ao lidar com pecadores. Sua aceitação das mais diversas classes de pessoas foi tão evidente que provocou a ira dos fariseus. Deus, por ser amor, em sua própria essência reside a completa aceitação de todos. A todos é oportunizado desfrutar de seu amor. O seu amor, ou seja, sua natureza, é a certeza de que fomos aceitos, seja quem formos, ou onde estivermos.

Portanto, podemos compreender um dos pilares da mensagem que deve ser dada por todos os cristãos ao mundo: Deus te ama, por isso Deus te aceita! E sempre te aceitará! Pois, todo o seu ser e toda sua majestade consistem em amor, o mais profundo e sólido amor. Nesse sentido, nunca podemos fugir do amor de Deus. Quais quer que sejam suas ações, nada te afastará do amor de Deus! Essa é a mais importante mensagem a ser disseminada.

É com essa visão que a ideia de aceitação precisa ser ampliada, se quisermos ser honestos.   Bem, já está claro que não somos nós que devemos buscar a aceitação de Deus, isso ele já fez, antes de existirmos. Agora é Deus que esta constantemente buscando a nossa aceitação. É nesse momento que surge a questão mais importante: Estamos dispostos a aceitá-lo como ele é? Aceitá-lo da forma como ele se apresenta, como nosso Criador, como nosso Senhor, como aquele que sabe o que é melhor para nós? Se formos sinceros, precisamos aplicar aceitação que tanto exigimos de Deus a nós mesmos. Mas pensemos bem, aceitar a Deus significa aceitar o ser que tem todo o poder para criar o universo, e que coloca este poder ao exercício de seu amor por cada um de nós. Mas aceitá-lo também é receber um amor que te convida a amá-lo acima de tudo. Mas isto não seria uma exigência grande demais? Não, se entendermos que tudo o que ele quer é que sejamos felizes, e que tudo que fará está direcionado a nos conduzir a uma felicidade que nunca imaginamos que pudesse existir.

É isso o que significa aceitá-lo. Mas aceitá-lo sem impor condições, assim como somos aceitos por ele, é vivermos ao lado de alguém que sabe, muito melhor do que nós, como funcionamos, para que existimos e o que é melhor para nós. E somente através de sua palavra é que somos orientados acerca da maneira correta de desfrutar dessa nova relação. Ele mesmo declara em Jo14:15 que quem o ama, ou seja, aceita, guarda os seus mandamentos, pois aceitar a Deus é aceitar sua natureza e sabedoria e nos relacionar com ele como tal. Ou seja, após nossa aceitação de Deus, é ele quem determinará como viveremos, pois só ele tem real conhecimento de quem somos o do que precisamos. Qualquer coisa menos que isso não é aceitação. Estamos dispostos a exigir a aplicação do conceito de aceitação em sua plenitude? Caso sim, venha e desfrute!

R. Christ

Publicado por

Rafael Christ Lopes

Cristão, professor de Física com doutorado em cosmologia, leitor de filosofia, teologia, filosofia e história da ciência, e agora iniciando na neurociência. Alguém que entende o cristianismo como a Verdade Absoluta que permite compreender e lidar com todas as questões importantes que nos cercam.

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