Quando alguém inteligente e com boa formação acadêmica, talvez um professor da universidade, afirmar que hoje a ciência é capaz de explicar a origem da vida lembre-se desta citação do Dr. Ernst Chain, prêmio Nobel em medicina.
Tal declaração ecoa uma verdade retumbante: A ciência não consegue explicar a origem da vida nem dos seres mais primitivos que conhecemos hoje. E por que? Porque mesmo o mais básico sistema de vida é composto por uma complexa engrenagem atuando conjunta e harmonicamente para a manutenção da vida. Isso significa que não há uma forma simples de reconstruir esses seres através da adição gradativa de suas partes. Eles são “complexos demais”, como disse o Dr. Ernst.
Ainda ecoando a arrogância iluminista, pensamos que já temos explicado com sucesso a questão fundamental sobre a origem da vida, quando na verdade patinamos em um mar de arrogância e ingenuidade. Arrogância porque partimos da ideia de que se tivermos tempo suficiente alcançaremos por nós mesmos a explicação correta. E ingenuidade, porque supomos que com nossa ciência já temos os elementos necessários para resolver tão complexo problema. É preciso descermos do degrau da arrogância e corrigirmos a miopia de uma visão ingênua da ciência para reconhecer que a explicação nem sempre provém da realidade imediata, mas precisa ser revelada de uma fonte além do natural. Uma revelação transcendental!
Por outro lado, não podemos incorrer no erro oposto e passar a não mais confiar nos sucessos da ciência e sua capacidade de obter respostas para diversos problemas da realidade. A história da ciência serve não apenas para nos suprir de satisfação pelo sucesso, mas demonstrar como a ciência melhora nossa condição de existência.
A ciência foi e será um dos efetivos instrumentos para prover uma vida mais abundante de felicidade ao homem, tanto em um mundo infectado pelo pecado, como na vida após a cura plena desse mal, pois ela é resultado de nossa sede eterna de entender a mente dAquele que nos criou.
Contudo, precisamos ser conscientes de que nossas tentativas em explicar a realidade, sem Deus, são apenas “pensamentos ingênuos”!