Uma conversa sobre o universo!

Mais do que revelações essa conversa com meu amigo Michelson Borges @michelsonborges lida sobre diversos temas com os quais venho trabalhando nos últimos anos. Falamos sobre a relação ciência e religião, o Big Bang, o ambiente universitário, a necessidade de nos desenvolvermos intelectualmente, sobre alguns dos projetos que estamos desenvolvendo e com muitas dicas de livros.

Espero que você curta a conversa. Foi feita com muito carinho.

A base da ciência!

O fundamento principal da ciência é a concepção de que o universo é racional e que nós somos capazes de compreendê-lo.

A questão seguinte que surge é:

Por que crer nisso?

E mais:

Qual visão de mundo explica tanto a racionalidade do universo, a racionalidade do homem e a conexão entre esses dois elementos?

A melhor resposta para essa questão encontra-se na visão de um criador inteligente que criou a natureza segundo sua racionalidade, bem como criou o ser humano segundo sua imagem e semelhança.

Desta forma o cristianismo possui a resposta para um dos grandes mistérios da experiência humana, a efetividade da ciência.

Deus é o arquiteto!

Para uma visão naturalista da realidade, que exclui Deus, é inexplicável como a matemática é capaz de descrever a realidade do mundo natural com tanta efetividade.

Por outro lado, para o Cristianismo esse é um problema inexistente, pois a natureza é fruto da mente de um Deus inteligente que criou tudo com regras bem fundamentadas e que refletem seu caráter. Além disso, esse mesmo Deus criou o homem, conforme sua imagem, possibilitando assim que o homem pudesse não só ser inteligente, mas ser também capaz de decifrar o código matemático presente na criação da natureza.

Por tanto, Deus é tanto a explicação para existência da matemática na natureza bem como para a nossa capacidade de entendê-la.

Um Deus que Pode, Sabe e Age!

Um dos pais do Cálculo, Leibniz, apresenta três características essenciais de Deus.
A primeira, o PODER. Deus PODE! Deus tem a capacidade de realizar o que quiser. E a compreensão desse fato precisa nos tornar mais submissos ao que as Sagradas Escrituras dizem. Se Deus diz que fez, Ele fez. E ponto. Não somos, pelo menos do ponto de vista bíblico, capazes de exaurir o conhecimento sobre Deus a ponto de limitar sua ação pelo que julgamos ser possível ou não, pois Ele PODE! E esse poder não é limitado em nada, que não apenas aos seus próprios atributos. Deus é o único que possui, de forma absoluta esse atributo. O que significa que Ele, absolutamente, PODE!

Leibniz apresenta outra característica inerente somente a Deus. Ele tem o CONHECIMENTO! Ou seja, Deus sabe. E isso é novamente algo que somente Deus pode ter. Todos os outros são criaturas, por isso estão sabendo. Ou seja, passam por um processo de aprendizado contínuo que mesmo a eternidade nunca vai exaurir. Já Deus, simplesmente sabe! Como Criador e como sustentador de toda realidade, inclusive do tempo, Deus conhece TODA a realidade. Você pode até supor que algo está além do conhecimento dEle, mas é uma mera ilusão. Portanto, quando Ele te ama, te ama como você é, com tudo o que é e com tudo o que irá ser. Mas Ele SABE o que você deve ser para seja verdadeiramente feliz. Não é você que sabe, pois é criatura, é Ele que SABE pois é o Criador!

E o último predicativo destacado por esse cientista cristão é o que ele chama de Vontade, ou seja, o seu interesse e ação. Deus, apesar de autossuficiente, age, criando e recriado. Para quê? Pelo princípio de melhor, segundo Leibniz, ou um princípio que outros poderiam chamar de Perfeição, pois um Deus perfeito busca o melhor. Mas eu prefiro algo mais pessoal: Deus tem a Vontade, porque ele Age, e Age por um princípio mais fundamental, o AMOR! Pois só o amor pode explicar o fato de um Ser completo e perfeito, portanto, um Ser que não precisa de NADA, escolher exercer sua vontade em criar outras criaturas inteligentes e livres na forma de pensar para que, com tal liberdade, poder desenvolver uma relação de AMOR com Aquele que PODE, SABE e AGE.

@cristianismoabsoluto

Deus, Ciência e as Grandes Questões: Uma conversa com três das maiores mentes acadêmicas cristãs vivas.

Atenção: Embora não concordando com todos os pontos de vista levantados, a reflexão e os pensamentos apresentados são poderosas ferramentas para fundamentar mais solidamente a fé cristã.

A maior declaração da presença de Deus

Certa vez, assisti ao filme Contato (1997), baseado no livro homônimo do famoso divulgador da ciência Carl Sagan (1934-1996). Apesar do fundo alienígena, o filme possui um conteúdo muito inteligente e conduz o telespectador a interessantes reflexões. Mas, neste momento, gostaria de chamar a atenção para a ideia mestra do filme. Uma radioastrônoma, Dra. Eleanor, interpretada por Jodie Foster, recebe um sinal oriundo do espaço, e nele há uma série de números primos. Em seguida, uma mensagem contendo um vídeo é decodificada, revelando o complexo projeto de engenharia de uma máquina que aparenta ser um portal, que através de dobras no tempo poderia levar o tripulante para locais desconhecidos no espaço sideral.

Veja bem, segundo a história, um conjunto de números primos seguidos por projetos de estruturas tecnológicas complexas é naturalmente compreendido como um sinal de que há uma mente superior e inteligente responsável por essa mensagem. Agora, que tal analisarmos a história da ciência que, desde a Antiguidade, já interpretava sinais claros de complexidade matemática presente na natureza?

A proporção áurea (ou proporção de ouro), por exemplo, na qual uma série de números, ou comprimentos geométricos, possui uma razão que se aproxima de um valor constante. Observe a série de Fibonacci: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ao dividirmos um número da série por seu antecessor o resultado, conforme o número avança na série, se aproximará mais ainda do valor 1,618033. Esse valor é chamado de número de ouro. Por quê? O que há de tão especial nesse arranjo matemático? Se ficássemos apenas nesse ponto, nada, mas quando observamos inúmeros exemplos na natureza, de animais e vegetais que possuem proporção áurea, isso se torna muito interessante.

Por exemplo, pode observá-la em caracóis, no abacaxi, na posição da arcada dentária do ser humano, na distribuição das folhas nos galhos de algumas árvores, no girassol, etc. Como explicar a presença de uma organização matemática tão sofisticada presente em objetos naturais e imitada em obras por artistas e engenheiros do quilate de Da Vinci?

Mas a complexidade matemática presente na natureza não fica por aí. Desde Johannes Kepler (1571-1630), quando ele descreveu o movimento dos planetas por meio de leis matemáticas claras, as famosas leis de Kepler, seguido por mentes como a de Isaac Newton, que descobriu a lei da gravitação universal, entre outras teorias, a ciência nos vem apresentando sinais – não vindos do espaço – com profunda inteligibilidade. No entanto, chegamos ao ponto de dizer: tudo é fruto do acaso! Para entender a gravidade dessa afirmação, que tal imaginar a Dra. Eleanor, após receber o sinal de rádio extraterrestre, declarando: “Não creio que esse conjunto de números complexos, essa mensagem de vídeo e o projeto dessa máquina tecnológica foram feitos por alguém inteligente. Deve ser apenas uma interferência de sinais oriundos de fenômenos naturais, ainda desconhecidos, que se uniram e formaram esse padrão.”

Acho que você entendeu. Portanto, não vejo a ciência como um instrumento para nos separar do Ser responsável pela criação de tudo, mas uma excelente oportunidade de nos aproximarmos dEle e o apresentarmos a outros. É por essa razão que a chamo de “a maior declaração da presença de Deus”.