Pensar é o que nos torna humanos!

Como seres feitos a imagem de Deus, possuímos a individualidade, e essa é marcada pela nossa capacidade de pensar, julgar e avaliar.

Sem o exercício da reflexão e do pensamento perdemos aquilo que mais nos aproxima de Deus.

Dessa forma, nossa relação com o criador não pode suprimir a reflexão e pensamentos profundos.

Com isso em mente nossa adoração precisa ser um estimulante da reflexão e pensamento.

“Vinde e vamos pensar” Is 1:18

Conhecer para ser!

Na cultura hebraica, conhecer é mais que saber sobre, é experimentar. Quando experimentamos profundamente algo, ou seja, quando o conhecemos verdadeiramente adquirimos uma intimidade com o alvo de nosso conhecimento. Não há como não ser transformado segundo a semelhança do objeto conhecido. Se essa transformação não está ocorrendo, é por que não estamos conhecendo verdadeiramente.

Um Deus que Pode, Sabe e Age!

Um dos pais do Cálculo, Leibniz, apresenta três características essenciais de Deus.
A primeira, o PODER. Deus PODE! Deus tem a capacidade de realizar o que quiser. E a compreensão desse fato precisa nos tornar mais submissos ao que as Sagradas Escrituras dizem. Se Deus diz que fez, Ele fez. E ponto. Não somos, pelo menos do ponto de vista bíblico, capazes de exaurir o conhecimento sobre Deus a ponto de limitar sua ação pelo que julgamos ser possível ou não, pois Ele PODE! E esse poder não é limitado em nada, que não apenas aos seus próprios atributos. Deus é o único que possui, de forma absoluta esse atributo. O que significa que Ele, absolutamente, PODE!

Leibniz apresenta outra característica inerente somente a Deus. Ele tem o CONHECIMENTO! Ou seja, Deus sabe. E isso é novamente algo que somente Deus pode ter. Todos os outros são criaturas, por isso estão sabendo. Ou seja, passam por um processo de aprendizado contínuo que mesmo a eternidade nunca vai exaurir. Já Deus, simplesmente sabe! Como Criador e como sustentador de toda realidade, inclusive do tempo, Deus conhece TODA a realidade. Você pode até supor que algo está além do conhecimento dEle, mas é uma mera ilusão. Portanto, quando Ele te ama, te ama como você é, com tudo o que é e com tudo o que irá ser. Mas Ele SABE o que você deve ser para seja verdadeiramente feliz. Não é você que sabe, pois é criatura, é Ele que SABE pois é o Criador!

E o último predicativo destacado por esse cientista cristão é o que ele chama de Vontade, ou seja, o seu interesse e ação. Deus, apesar de autossuficiente, age, criando e recriado. Para quê? Pelo princípio de melhor, segundo Leibniz, ou um princípio que outros poderiam chamar de Perfeição, pois um Deus perfeito busca o melhor. Mas eu prefiro algo mais pessoal: Deus tem a Vontade, porque ele Age, e Age por um princípio mais fundamental, o AMOR! Pois só o amor pode explicar o fato de um Ser completo e perfeito, portanto, um Ser que não precisa de NADA, escolher exercer sua vontade em criar outras criaturas inteligentes e livres na forma de pensar para que, com tal liberdade, poder desenvolver uma relação de AMOR com Aquele que PODE, SABE e AGE.

@cristianismoabsoluto

O que é adoração bíblica?

Introdução

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Adoração é um dos assuntos mais debatidos e um dos mais perguntados para pastores. Por isso, falar sobre adoração é complicado justamente porque corre-se o risco de ser irrelevante, apenas repetindo o que todos já falaram. Pensando nisso, resolvi tentar uma abordagem um pouco diferente de tudo o que eu já havia dito e ouvido sobre o assunto nas igrejas.

Abramos nossas Bíblias em Jó 1:18 a 20 :

Enquanto este ainda falava, veio outro e disse: Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa do irmão mais velho; e eis que sobrevindo um grande vento de além do deserto, deu nos quatro cantos da casa, e ela caiu sobre os mancebos, de sorte que morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova. Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou;

Como é possível adorar a Deus logo após ter perdido os filhos e rasgar as próprias roupas de desespero? Como é possível adorar a Deus quando tudo falha? Α resposta a esta pergunta esta no final de um caminho com muitas paradas que nos ajudam a descobrir mais sobre adoração contemporânea, adoração bíblica e como se tornar um verdadeiro adorador.

Onde estamos: origem da adoração emocional

Bem… eu vou começar com uma pergunta um pouco diferente: Você escova os dentes todos os dias?

Pode parecer uma pergunta totalmente doida, mas ela tem um sentido.  A grande maioria das pessoas que você conhece escova os dentes diariamente e o fazem com pasta de dentes. Agora de onde veio isso? Porque fazemos assim? Escovar os dentes é algo natural, faz parte do nosso dia a dia, mas porque fazemos isso? De onde surgiu esse hábito? Eu digo isso porque a primeira escova de dentes surgiu em 1498 na china e era feita com pelos de porco, mas, apesar de ser tão antiga, até o começo do século XX grande parte da população mundial não escovava os dentes…

Foi apenas em meados de 1900 que um publicitário chamado Claude Hopkins teve uma grande sacada. Ele fez uma propaganda dizendo que se você passasse a língua por cima dos dentes iria sentir uma película áspera que, segundo ele, era nociva e favorecia o apodrecimento dos dentes. As pessoas liam o anúncio, passavam a língua nos dentes, sentiam a película e decidiam escovar os dentes (como você provavelmente  acabou de fazer). O sucesso foi tão grande  que, dez anos depois da propaganda, o percentual de americanos que escovavam os dentes foi de 7% para 65%, e em 1930 a pepsodent ( creme dental da propaganda) já estava sendo vendida até na China e na África. Escovar os dentes virou algo natural.

Mas afinal, o que isso tem a ver com adoração?

Schleiermacher

Fique tranquilo, escovar os dentes pouco tem a ver com adoração. Apesar disso, existe aqui um padrão interessante. Hoje todos nós fazemos uma determinada coisa porque em algum momento alguém teve uma ideia que influenciou o mundo. Essa influência foi tão intensa que a julgamos com algo natural, tão natural que nos gera estranheza pensar que um dia foi diferente. O mesmo acontece com adoração, querem ver?

Friedrich Schleiermacher (1768-1834), foi um dos maiores filósofos e teólogos da era moderna. Na época de Schleimacher, o iluminismo havia dito que a Bíblia não servia para muita coisa e não passava de um livro antiquado, fruto de vários autores tardios que haviam inventado algumas histórias. Schleiermacher quis defender a Bíblia dentro dos pressupostos iluministas. Ele concordou com os iluministas que a Bíblia não era inspirada  e não era a palavra de Deus, mas defendeu que Deus falava por meio do sentimento que a leitura da Bíblia infundia no leitor. Em outras palavras, ele retirou todos os aspectos racionais e objetivos da Bíblia e enfatizou os emocionais e subjetivos. O importante não seria o que a Bíblia dizia, mas sim o que se experimentava, o que se sentia, ao ler a Bíblia, mesmo que fosse totalmente diferente do que outros tivessem sentido.

Daí em diante, a ênfase da adoração e da prática religiosa passou a ser emocional e experimental. A adoração passou a ser enfatizada nas áreas mais artísticas onde havia espaço para que os sentimentos falassem o que as palavras não conseguiam; foi dada uma ênfase na religião do experimentar e do sentir. Finalmente, alguns grupos retiraram por completo o elemento objetivo da adoração com falar em línguas de mistério e movimentos como a unção dos seres, cair no Senhor e etc. O experimental se tornaria dominante.

Bem, certamente existem alguns que estão pensando “esses pentecostais…” quando, na verdade, eu preciso dizer que muito do que Schleiermacher disse afetou a forma como nós adoramos hoje na sociedade Cristã em geral. Mesmo no meio adventista essa influência é visível. Graças a influência de Schleiermacher, música e adoração se tornaram termos quase sinônimos porque na música podemos expressar nossos sentimentos mais abertamente (e muitas vezes as letras são um ponto secundário); momentos do culto foram considerados como não sendo de adoração e  conversar e divagar não são considerados irreverência nesses momentos; um bom sermão é aquele que faz você chorar ou se emocionar profundamente, arrependimento é se sentir profundamente triste por algo; pregadores falam que a essência da religião é ter uma experiência com Deus; Um bom louvor é aquele que te faz sentir animado ou contrito; a experiência de um culto é mais valorizada que seu conteúdo  e etc.

Importante frisar: não estou dizendo que adoração deva ser desprovida de uma dimensão emocional ou experimental. Quero mostrar que muito do que chamamos de adoração hoje é fruto de ideias que desconsideram a Bíblia como palavra de Deus e se focam no humano. Quero mostrar que muito dos nossos padrões do que é uma “boa” e uma “má” adoração passa por filosofias contrárias à Bíblia. Apesar disso, muitas vezes nós achamos isso absolutamente normal e fazemos uso destes conceitos como se eles fossem intrínsecos à adoração.

E antes que tomem conclusões precipitadas, esse é um mal comum a conservadores como a liberais. Isso porque ambos grupos costumam apelar para o tipo de experiência e sentimentos que determinada forma de adoração transmite. Afinal, você sempre vai achar pessoas que defendem que algo possa ou não ser feito na igreja por conta da experiência que aquilo vai criar.

Adoração bíblica

Adoração é diferente de dar glórias e cantar

Mas se tanto sobre a forma como adoramos vem de pensadores modernos, o que podemos dizer da adoração bíblica? A palavra adoração é uma palavra que parece ser bem comum a todos nós, contudo na Bíblia esta palavra não é muito comum. Para falar a verdade, quase todas as vezes em que a palavra adoração ocorre em nossas Bíblias ela se refere a uma expressão que seria mais literalmente traduzida como “prostrar-se” ou “ajoelhar”. É o que acontece nos seguintes textos:

Então toda a congregação adorava, e os cantores cantavam, e os trombeteiros tocavam; tudo isso continuou até se acabar o holocausto. II cron 29:28

Toda a terra te adorará e te cantará louvores; eles cantarão o teu nome. Sal 66:4

O mesmo ocorre no Novo Testamento: a palavra apresentada como adorar é mais literalmente traduzida por prostrar-se. Por exemplo, temos os seguintes textos:

Disse o homem: Creio, Senhor! E o adorou. João 9:38

Então os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus que está assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia! Apoc 19:4 

Percebam que eu escolhi alguns versos que deixam isso um pouco mais claro, uma vez que se coloca que a congregação adorava e cantava louvores. Os textos deixam claro que louvor e adoração são coisas diferentes, e isso  pode soar estranho justamente porque o nosso conceito de adoração é diferente.

Parece meio confuso não parece? Afinal, como é que podemos diferenciar quando alguém adora de quando alguém se prostra?  Será que esse estudo pode realmente explicar adoração? Parece que estamos falando de coisas diferentes não parece? Por conta disso, vamos continuar olhando alguns outros textos.

Adoração a Deus é semelhante a prostrar-se para o rei

Lendo um dos versos que mencionei você pode ter percebido uma coisa interessante, existe ali um exemplo de alguém que se prostrou e adorou. São duas palavras sinônimas seguidas. Ou seja, é como se fosse algo como “prostrar-se e prostrar-se”. Isso dá a entender que, teoricamente, as duas não poderiam ter o mesmo significado. Então eu fui procurar essas palavras juntas pra ver se este poderia ser uma expressão mais específica para adoração, e o que eu achei foi muito interessante. Eu achei versos como esses:

E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor havia visitado os filhos de Israel e que tinha visto a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram. Êx 4:31

Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, para o adorarem. 2Cr 20:18

Mas também achei versos como esses aqui:

Então disse Davi a toda a congregação: Bendizei ao Senhor vosso Deus! E toda a congregação bendisse ao Senhor Deus de seus pais, e inclinaram-se e prostraram-se perante o Senhor e perante o rei. 1Cr 29:20  

Responderam eles: O teu servo, nosso pai, está bem; ele ainda vive. E abaixaram a cabeça, e inclinaram-se. Gn 43:28

Olha só que interessante: A mesma expressão utilizada para adorar a Deus é utilizada para se prostrar diante de reis e governantes. Isso pode significar duas coisas: ou devemos tratar os governantes de uma forma semelhante como tratamos Deus (o que seria idolatria), ou devemos tratar Deus de uma forma semelhante como tratamos com os governantes.

No Novo Testamento a mesma palavra utilizada para adoração pode ser utilizada para outras pessoas senão Deus:

Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. Mt 18:26

Adoração é submissão

 Essas passagens noite mostram que adoração invoca uma relação entre Senhor e servo, entre Rei e vassalo; uma relação de submissão e lealdade. Considerar isso afeta diretamente nossa visão de  como devemos adorar a Deus e de como vivemos a nossa fé. Isso porque se entendemos que adoração a Deus é cantar, dar glórias ou se derramar emocionalmente, podemos fazer isso com toda a sinceridade de coração e mesmo assim viver uma vida que não seja verdadeiramente submissa. Contudo, se formos verdadeiramente submissos não iremos cantar glórias e louvores de maneira inadvertida.

Querem ver um exemplo? Pense num pai ou mãe de uma criança pequena. Se você for pai ou mãe certamente ama seus filhos, certamente tem uma sincera afeição por eles e certamente está preocupados o melhor para eles. Contudo, quando uma criança dá um “chilique” e fala “EU QUERO ISSO!!!” e o pai nega esse desejo, este pai deixou de amar a criança? De maneira alguma, ele apenas não está submisso a ela.

Essa pequena ilustração demonstra que uma relação sincera e verdadeira, transbordante de amor e sentimentos não é necessariamente uma relação de submissão. Da mesma forma, eu posso ter um relacionamento real, vívido, sincero e bonito com Deus sem que este relacionamento implique em submissão, sem que este relacionamento implique em adoração verdadeira.

É o que diz:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Mt 7:21

Ou seja, nem todo que  e aceita a Deus entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de Deus, aquele que obedece, aquele que se submete.

Consegue perceber como a Bíblia é clara em mostrar que Deus não espera apenas um relacionamento com Ele, Deus espera um relacionamento de adoração, um relacionamento de submissão. Isso significa que um verdadeiro adorador não é aquele que se manifesta artisticamente, ou verbalmente, ser um verdadeiro adorador significa fazer a vontade de Deus.

Ser um adorador significa obedecer a Deus, ser um adorador significa guardar os mandamentos de Deus, ser um adorador significa ser fiel a Deus. Em outras palavras, não adianta você vir a igreja, passar horas cantando, horas orando, se entregar de uma forma emocional verdadeira e sincera se você não está preocupado em fazer a vontade de Deus fora da igreja.

Adoração se faz em casa, tratando bem a família, respeitando o próximo, sendo fiel ao seu cônjuge, sendo um bom cidadão; adoração se faz no trabalho, sendo honesto, fazendo o seu melhor, guardando o sábado; adoração se faz na escola e na faculdade, sendo honesto em não colar, sendo exemplo. Adoração se faz no campo de futebol cuidando do linguajar, não jogando sujo. Enfim… adoração se faz em todos os lugares em toda a hora.

Um bom exemplo está na história do teólogo e espião Dietrich Bonhoeffer em uma de suas frases: “Só os que gritam ao lado dos judeus têm direito a entoar cantos gregorianos”. Bonhoeffer disse isso durante a segunda guerra mundial, em um momento que Hitler estava perseguindo os judeus e pressionando a igreja alemã. O ditador dava favores aos religiosos que o obedeciam ao mesmo tempo em que perseguia os cristãos que discordavam dele. Foi uma época em que alguns líderes religiosos  eram perseguidos e mortos (como o próprio Bonhoeffer seria) enquanto outros se escondiam. A ideia da frase dele era simples: Aqueles que não estavam dispostos a amar ao próximo como a si mesmo e a serem mais submissos a Deus que ao governo nazista não eram dignos de cantarem hinos nas igrejas. “Só os que gritam ao lado dos judeus têm direito a entoar cantos gregorianos”.

O mesmo acontece hoje, mas de uma forma muito mais fácil e sútil. Hoje não arriscamos nossas vidas para adoração. Nós arriscamos salários, amizades, namoros, ou coisas ainda mais fúteis como horas de sono, prazer na comida, curtidas no Instagram etc. Damos preferência a tudo isso em detrimento de uma verdadeira adoração.

Hoje pensamos que se cantarmos, que se nos chamarmos de cristãos ,que se oramos de maneira intensa, que se chorarmos em um apelo estamos sendo adoradores, quando na verdade ser adorador é se submeter à vontade de Deus, é fazer o que Deus te pede.

Ser um adorador é aceitar os chamados de Deus pra você, é aceitar quando Deus te dá tem uma missão. Ser adorador é se entregar a Deus de forma real. É muito mais que ser obediente, é ser um súdito, um vassalo, um servo de Deus. É servir  com o mesmo entusiasmo e emoção que se canta; é evangelizar com o mesmo sentimento que se grita aleluia; É abrir mão dos prazeres proibidos com a mesma intensidade que se entrega em um apelo emocional.

Conclusão

Irmãos… Adoração não é demonstração de emoções, não é uma experiência, não é louvar; contudo, tudo isto pode estar incluso na adoração. Mas talvez a pergunta real, e talvez a verdadeira questão aqui seja: Você vai adorar quando a tristeza chegar, você vai adorar quando a experiência for desagradável, será que quando as lágrimas correrem pelo seu rosto você ainda será um adorador? Quando a música acabar, quando os amigos se forem, quando a voz falhar, quando o peito apertar, você ainda será um adorador? Quando o tédio só for superado pela agonia você ainda será um adorador?

Você ainda será um adorador quando Deus lhe chamar para fazer algo que você não quer? Será um adorador quando Deus lhe ordenar algo que vai gerar uma experiência desagradável?

Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; Jó 1:20

A música, o louvor, as emoções, a alegria tudo isso infelizmente pode sumir, mas a verdadeira adoração vai além de sentimentos, a verdadeira adoração supera o louvor, supera a alegria. A verdadeira alegria está em se submeter ao Senhor. 

Seja hoje um verdadeiro adorador, adore a Deus de maneira verdadeira. Submeta-se a Deus independentemente de como você se sente, independentemente da situação, da experiência, da animação, submeta-se a Deus agora. Adore verdadeiramente.

Obs: As citações e referências usadas foram omitidas por se tratar de um texto não técnico.

Autor: Bruno Flávio, formado em direto pela UNIP-DF, teologia e master in arts em teologia bíblica pelo UNASP-ec.

O Sábado era ou não guardado antes do êxodo?

by Allan Swart which

Uma possível dificuldade em responder essa pergunta reside no fato de não haver um texto específico indicando que o sábado deveria ser guardado antes da apresentação da lei no Sinai. Entretanto, essa exigência se mostra não obrigatória pois há outras informações bíblicas que não possuem uma descrição explícita, mas ainda assim são tidas como verdadeiras pela simples inferência lógica obtida de outros textos. Vejamos por exemplo o caso de Caim que fora condenado por assassinato (Gn 4:7) mesmo que não há registro bíblico de uma lei contra matar alguém. Seria então a idolatria aceitável antes do Sinai, já que a lei escrita advertindo contra essa prática não havia sido apresentada? Em acréscimo a isso, podemos pensar sobre os anjos que pecaram quando não havia registro escrito de lei (II Pe 2:4). Na mesma linha de pensamento, como condenar o pecado de Adão (Rm 5:12-14), dos sodomitas (Gn 13:13) e Ló (II Ped 2:8), sendo que o pecado é descrito como a transgressão da lei (I Jo 3:4)? O próprio Paulo afirma que onde não há lei não há transgressão (Rm 4:15) e que pela lei vem o conhecimento do pecado (Rm 3:20). Sendo mais específico, junto a Tiago, Paulo deixa claro que a lei a que se refere são os dez mandamentos (Rm 7:7; Tg 2:911).

Contudo, aqui caberia outra pergunta: Como, mesmo não estando escritos, os dez mandamentos poderiam ser aplicados como lei vigente? Nesse momento um exemplo da história caberia bem. Na Inglaterra, por muitos anos, a lei usada nos julgamentos era conhecida como “lei comum” ou “direito consuetudinário”, a qual não estava escrita. O conhecimento sobre essa lei era passado de forma oral pela cultura e a não existência de algo escrito não dava o direito a alegação de não ser um código conhecido. Dessa forma, os cidadãos ingleses foram julgados por uma lei não escrita durante muitos séculos. Nesse contexto poderia então haver uma pergunta quanto a lei dos dez mandamentos: Onde ela estaria registrada? O texto de Romanos (Rm 2:14 e 15) demonstra que as pessoas podem ser julgadas pela lei escrita em seu coração, mesmo quando não tem conhecimento objetivo, por exemplo na forma escrita, da lei. Portanto, a menos que reconheçamos a validade das leis não escritas, estaríamos acusando Deus de ser injusto ao condenar os pecados do povo antes do êxodo.
Seguindo o raciocínio de alguém que continue a questionar o sábado como um mandamento, mesmo antes destes serem escritos nas pedras, poderíamos perguntar: Por quê então Deus decide apresentar esse texto ao povo de forma escrita, já que havia uma lei no coração? Aqui é importante considerar o que estava acontecendo naquele contexto. Deus estava construindo uma sociedade que o representaria em diversos aspectos, sejam culturais, religiosos, hábitos de higienes, leis, sistema de adoração, sistema jurídico e etc… Por conseguinte, era importante esclarecer precisamente os parâmetros legislatórios. Mas, talvez, a razão mais forte para Deus apresentar sua lei moral de forma escrita, seria o grau de distanciamento que esse povo, base para construir a nação que apresentaria sua verdade ao mundo, estava de Deus. Foram mais de 400 anos vivendo em um regime de escravidão e por isso de decadência moral, intelectual e religiosa. Se hoje, basta uma geração para esquecermos os traços distintivos de nossa cultura, imagina quatro gerações, aproximadamente. Em resumo, a grandeza do propósito e a degeneração do povo levaram Deus redigir sua lei na forma escrita.

Nesse momento, alguém que ainda mantivesse a objeção inicial sobre a validade da ordem de guarda do sábado antes do êxodo, poderia afirmar que o sábado possuísse um caráter diferenciado de outros mandamentos. Por essa razão, os outros, como não matar, não furtar, ou adorar outros deuses, eram válidos anteriormente antes da compilação escrita, enquanto que o sábado não. Mesmo considerando um tanto forçosa essa linha de pensamento pelo fato de não haver evidências que indiquem que o sábado era diferenciado dentro do decálogo, podemos avaliar algumas evidências bem contundentes que se harmonizam com o argumento construído nesse texto. Em Gênesis (Gn 2: 2 e 3) vemos que o Sábado é distinguido dos outros dias da semana por Deus escolher esse dia para descansar e, a partir dessa ação, o abençoa e santifica. Desta forma o sábado possui os atributos da benção e santificação que o distingue dos outros dias. Nesse momento poderia haver a afirmação de que isso não implicava que o homem deveria guardar o sábado. É uma alegação um tanto estranha, sendo que o mesmo Deus que teve um comportamento diferenciado quanto a esse dia utiliza tal comportamento como base argumentativa para justificar a guarda do sábado (Ex 20:11). Por que essa justificativa seria válida após o Êxodo, mas não para a guarda do sábado antes? Aqui o correto deveria esperar que fossem apresentadas evidências bíblicas tão fortes quanto a alegação feita.  

 Outro ponto que é contrário a interpretação de o sábado não ser válido antes de Moisés é a forma de comunicação entre Moisés e o povo quando do episódio do Maná (Ex 16: 22-30). O caráter da comunicação não é de apresentação de algo novo, mas é uma comunicação direta, como uma reafirmação de algo que o povo já conhecia, mesmo que não praticava. O que estava acontecendo era o resgate de uma norma perdida por muitos. O vínculo motivacional é direto com a criação. Mesmo que em Deuteronômio haja o acréscimo de outra justificativa, a libertação do cativeiro egípcio, as duas motivações se somam, não se anulam. O sábado passa a ser uma alusão a criação e a redenção, ambas executadas por Deus de forma literal.

Portanto, a apresentação do sábado no início da criação, a prevalência dos dez mandamentos ao longo da história, mesmo antes de serem escritos, a vinculação motivacional do sábado do decálogo com o descanso de Deus e a forma como Deus cobra de seu povo a guarda do sábado demonstram que este era válido antes do êxodo.

Baseado no capítulo 3 do livro “Respostas a objeções” de Francis D. Nichol, da Casa Publicadora Brasileira.

A ressurreição da esperança!

Essa pandemia vai passar? Teremos paz algum dia? Seremos pessoas melhores depois de tudo isso? A felicidade plena será possível? Um dia, a dor de ver os amados morrendo acabará? A julgar pela história humana de luta após luta, parece que não. Pois, mesmo que a pandemia passe, outra dor virá. Caminhamos em uma estrada árida nos alimentando com esperanças passageiras que, tal como algodão doce, se dissolvem.

Como precisamos desesperadamente de uma certeza! O nosso grito é apenas: Chega de sofrer! Me deem uma certeza, por favor! Pois bem, isso foi feito! Deus desceu a um mundo sombrio, Se fez um de nós, trilhou nossa jornada, mas da forma certa, para nos mostrar o caminho. E quando Ele ressuscita, é como abrir a porta de um quarto escuro permitindo que a luz do sol entre e nos acorde para a grande verdade de que a felicidade está ao nosso alcance!

A ressureição é a prova de que podemos ressuscitar de uma vida morta de esperança, mastigada pelas dores da luta e desesperada para respirar em um mar de lágrimas.

Tudo é relativo?

Relativismo - Definição, conceito, significado, o que é Relativismo

A versão relativística do relativismo.

Temas como verdade, política, religião e felicidade são vistos como assuntos que não devem ser debatidos, pois são completamente dependentes do ponto de vista, portanto relativos. Sendo assim, a distinção entre o que é certo e errado passou a ser tão subjetiva que o único conselho aceitável é “Se te faz feliz, siga em frente, apenas não venha impor sobre mim sua forma de ver a realidade. Afinal, todos os pontos de vista são equivalentes e igualmente corretos. ” Essa postura é um símbolo da visão de realidade pós-moderna, onde a única verdade que sobrou foi aquela que afirma não haver verdade.  Bom, eu não sei se tal maneira de ver a realidade tem sua origem em teorias filosóficas, psicológicas ou sociais, e muito menos posso afirmar se, caso existam, tais teorias são fundamentadas na experiência ou observação e oriundas da aplicação do método científico, como deve ser construída qualquer teoria científica. Mas, o objetivo desse texto é refletir sobre a relação que a visão de mundo relativista possa ter com a teoria da física que é muitas vezes citada para sustentar a tese de que “Tudo é relativo”, a Teoria da Relatividade. Desta forma, o meu propósito é perguntar a Teoria da Relatividade, como proposta por Einstein: Tudo é relativo?

Para responder tal pergunta precisamos entender qual foi o objetivo que Einstein e outros tiveram quando da concepção da teoria da relatividade. Nesse caso, partiremos de um exercício mental bem simples: imagine-se sentado em uma cadeira arremessando uma bolinha para cima e a pegando de volta. Agora, tente pensar no que aconteceria se estivesse dentro de um vagão, completamente fechado, em um trem silencioso que se move com velocidade constante. Será que você seria capaz de notar alguma diferença em seu comportamento ou no da bolinha que se movimenta no ar? Caso sim, como? Falando de outra forma: você teria condições de realizar algum teste para distinguir se está em movimento ou em repouso? Segundo a mecânica, área da Física desenvolvida especialmente por Newton, não há como diferenciar entre estar em repouso ou em movimento com velocidade constante. Ambos os pontos de vista são equivalentes e obedecem às mesmas leis da física. A esse princípio, chamamos de: Princípio da relatividade de Galileu, pois foi Galileu Galilei o primeiro a identificá-lo.

Mas se o teste realizado fosse através de um feixe de luz, aparentemente, essa distinção seria possível. Pois, segundo a mecânica newtoniana, a velocidade do feixe sofreria alteração dependendo da direção para o qual fosse apontado. Sendo assim, haveria uma forma de saber se um objeto está em repouso ou em movimento com velocidade constante. Ou seja, para a mecânica os pontos de vista são equivalentes, mas não para a teoria eletromagnética, área da física que estuda a natureza da luz. Esse aparente conflito dentro de uma visão unificada da física era inaceitável, ou pelo menos precisava de uma explicação. Como, o princípio da relatividade que declara que dois observadores, sendo um em repouso e outro em movimento uniforme, com velocidade constante, deveriam obter os mesmos resultados dependeria de qual área da física estávamos aplicando?

Nesse momento podemos correr o risco de pensar que o foco do problema era garantir que o princípio da relatividade continuasse válido, mas não. A real motivação para a busca de uma solução estava em garantir que a física fosse uma estrutura unificada, e, portanto, igualmente aplicada a qualquer observador, seja ele em repouso ou em movimento com velocidade constante. Inclusive, foi a busca pela ampliação dessa visão que motivou o desenvolvimento de uma versão da relatividade que incluísse observadores que estavam se movendo com velocidade variável, a Teoria da Relatividade Geral.

Com o firme objetivo de mostrar que a física era a mesma para todos os referenciais, a proposta de Einstein partia do estabelecimento de dois postulados assumidos como verdades desde o início:

          I.            As leis da física, tanto mecânicas como eletromagnéticas, são as mesmas para todos os pontos de vista, quer em repouso ou em velocidade constante.

    II.            A velocidade da luz é uma constante e independe do movimento de sua fonte.

Dessa forma, a física, tanto mecânica como eletromagnética, vista por dois observadores em repouso ou em movimento uniforme entre si, era perfeitamente equivalente. Como consequência, Einstein precisou modificar a forma como as grandezas tempo e espaço se comportavam quando se realiza uma mudança entre tais observadores, ou seja, os dois mais sagrados absolutos, tempo e espaço se curvam ante a permanência das leis da física, mas não vamos tratar disso no texto.

O que deve ficar claro nesse ponto da reflexão é que a equivalência entre quaisquer dois observadores a respeito da realidade física, eliminando qualquer prevalência de um sobre o outro, é fundamentada na existência de uma verdade absoluta descrita pelas leis da física. Pensando de outra forma, não é o relativismo a base da teoria da relatividade, mas dois postulados absolutamente tidos como verdadeiros, mesmo que como consequência torne as medidas obtidas em referenciais diferentes relativas. Portanto, a ideia básica não foi tornar o ponto de vista de cada observador igualmente verdadeiro, mesmo que distintos, mas tornar ambos submetidos às mesmas absolutas leis da física.

A partir deste momento, podemos entender que afirmar ser a teoria da relatividade uma base para a declaração “não existe verdade absoluta, pois tudo é relativo” é mais que um erro, vai simplesmente contra os princípios fundamentais de uma das teorias mais bem testadas da ciência. Se há algum fundamento para o relativismo da sociedade pós-moderna, ele não está na teoria da relatividade. Mas se pretendemos construir uma cosmovisão a partir dela, precisamos nos harmonizar com a ideia mais básica que estrutura essa teoria, a realidade, ou as leis que a constituem, é única e igualmente aplicável a todos os observadores. Consequentemente, questões como moralidade, verdade e felicidade podem possuir uma estrutura comum e unificada sobre a qual podem ser construídas. Isso não implica que todos os observadores devem perceber a realidade igualmente, tal como acontece na relatividade, mas que devem estar fundamentados em mesmos princípios igualmente aplicados a todos. Essa visão, fundamentada na teoria da relatividade é o que poderíamos chamar de versão relativística do relativismo.

Se por um lado as atuais teorias da filosofia, psicologia ou sociologia diferem dos princípios da teoria da relatividade, há uma cosmovisão que se harmoniza tanto com existência de uma estrutura unificada de leis que regem a realidade como a equivalência entre diferentes observadores, o Cristianismo. Para ela, a visão cristã, o universo e toda a realidade foram criados por um único Ser superior, cujo poder e extensão vão muito além de tudo o que criou. Um criador inteligente e intencional que criou a realidade fundamentada em leis universais. Estas, por serem fruto de uma mente inteligente, podem ser compreendidas por outras mentes inteligentes feitas à imagem e semelhança da primeira, o que explica a efetividade do empreendimento científico. Tais leis são igualmente aplicadas a todos os observadores do universo, o que faz com que não haja observador privilegiado. Nesse contexto as leis do universo não são meros atributos de uma realidade que foi se estruturando ao acaso, mas são a forma como o Criador, inteligente, onipotente e proposital criou toda realidade.

A visão de mundo cristã implica também que o significado da realidade não é construído pelos seres que a habitam, mas foi definido por quem criou a realidade e as leis que a regem, sendo, portanto, essa realidade descrita por leis absolutas cujos seres que nela habitam devem obedecer. Por fim, o cristianismo é a melhor versão relativística do relativismo, ao manter a relatividade das perspectivas de cada observador, ainda que fundamentada em princípios e leis universais absolutos.

O estranho vazio do primeiro natal

Quando pensamos sobre o nascimento de Jesus, episódio lembrado em cada natal, sempre há algo diferente que nos chama a atenção. É nesse contexto que eu gostaria de perguntar: O que te chama a atenção na história do nascimento de Jesus? Seria o local? A concepção miraculosa? A coragem e fé de José ao aceitar casar com uma mulher grávida?

Para mim, o que mais me chama a atenção é o vazio. Havia um estranho vazio de pessoas e de condições para a vinda de um rei pré-anunciado há tantos anos pelas profecias bíblicas. Veja, por exemplo, que no livro de Miquéias no capítulo 5, verso 2, a cidade de Belém era predita como o local de nascimento do redentor. Além disso, podemos também lembrar que o texto do livro de Números capítulo 24 e verso 17, falava que seu nascimento seria sinalizado por uma estrela especial. Portanto, sendo que havia essas e outras profecias relativas a vinda do salvador é de estranhar o vazio que cercou seu nascimento.

Pode ser que alguém poderia apresentar algumas justificativas: Sendo que essas promessas foram feitas a muito tempo, naturalmente a fé nelas se esfriaria e as pessoas acabariam esquecendo. Entretanto, a fé dos pastores nas colinas de Belém estava bem viva! Outros talvez justificassem o vazio presente no nascimento de Jesus como resultado destas profecias não serem claras o suficiente para que o povo pudesse reconhecer o momento desse acontecimento. Mas, se isso fosse verdade, como explicar que reis orientais puderam reconhecer sinais na natureza e nas profecias a ponto de ir encontrar Jesus em Belém? Em vista disso, a pergunta permanece? Como explicar o vazio do nascimento de Jesus sendo que ele nascera no meio do “povo de Deus”?

Uma sugestão de resposta para esse dilema pode ser encontrada no texto do sábio Salomão presente no livro de Provérbios “Onde não há revelação divina, o povo se desvia” (Pv 29:18). Em outras traduções a expressão “revelação divina” é traduzida como profecias, consequentemente esse termo abrange bem mais que previsões sobre o futuro devendo representar o conhecimento bíblico dos tempos em que se vive. Sendo assim, quando o povo deixa de ter o conhecimento de Deus revelado em sua palavra, acaba por se desviar do plano divino e não mais reconhece os eventos atuais. Em consequência disso, a vida comum havia tragado as pessoas dentro da realidade ordinária de tal forma que a vinda do rei do universo não foi sequer notada. Estamos nós correndo o mesmo risco? Será que nos tornamos cristãos ateus? Alguém que professa acreditar em Jesus, mas se comporta como se ele não houvesse nascido?

O outro vazio que me chama a atenção é o vazio das coisas, ou melhor, de condições materiais para receber um rei, na verdade, O Rei. Uma vez que vivemos em uma época onde corremos atrás de realizar tantos preparativos para formar uma família e receber filhos, é um tremendo contraste que Jesus tenha nascido em uma família que sequer tinha um lar. Além disso: Não havia quarto decorado; não havia ar-condicionado; não havia nem mesmo paredes. Mas tudo o que realmente precisava estava lá: Uma mãe amorosa e temente a Deus, e um pai protetor, trabalhador e submisso a Deus. Será que não estamos correndo o mesmo risco, nos concentrando naquilo que até pode ajudar mais não é essencial e esquecendo do que realmente importa?

Fico a pensar se, mesmo desejando receber Jesus, não estamos dedicando esforços para preparar o exterior quando o que ele deseja é apenas um coração quentinho, como uma manjedoura, mas aquecido pela fé, onde possa nascer de novo? Meu desejo é que o texto de Gálatas seja uma representação de um verdadeiro natal que pode acontecer agora “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20). Se vive, é porque nasceu em você! Se nasceu, foi natal!